“Quero ajudar o Barcelona e quero ajudar o Messi a continuar sendo o melhor jogador do mundo”. A frase de Neymar, ao ser apresentado oficialmente como jogador do Barça, foi recebida com entusiasmo pela torcida catalã. Diferentemente de Robinho e até de Lucas, que chegaram na Europa “arrotando” grandeza (ambos disseram que tinham o sonho de tornarem-se “o melhor do mundo”), Neymar chegou humilde, com os pés no chão.
Mas o que pouca gente sabe é que, na metade da década passada, Lionel Messi era apenas uma promessa das divisões de base do Barcelona. Ronaldinho, na época o melhor jogador do mundo, era o dono da bola. Pois Ronaldinho praticamente adotou Messi como uma espécie de “irmãozinho”, ensinou-lhe muitos segredos e o fez conviver intensamente com todos os brazucas do elenco.
Neste edição da revista Placar, de janeiro de 2006, a capa com Ronaldinho e Messi tem o seguinte subtítulo: “Você conhece esse rapaz ao lado? Pois ele é Messi. O argentino que não desgruda de Ronaldinho no Barcelona quer roubar o título de melhor do mundo e promete aprontar para o Brasil na Copa”.
A fila realmente andou, Messi ultrapassou Ronaldinho em todos os sentidos e hoje é indiscutivelmente o melhor do mundo. Pois agora ele tem uma dívida de gratidão com os brasileiros e precisa retribuir a Neymar todo o carinho que recebeu de Ronaldinho.
E a fila pode continuar andando.
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